sexta-feira, 29 de maio de 2009

Os que passam e os que ficam.

Outro dia, procurando uma resposta para o porquê de ser mais fácil, eu gostar de artes anteriores a minha geração, cheguei numa conclusão simples: hoje em dia, a maioria dos artistas é uma bosta! A falta de talento e o excesso de “auto-afirmação”, por parte dos “contemporâneos”, dariam pena, se não fosse tão cômico.
Para “ser”, nos dias atuais, basta juntar um grupo de pessoas bacanas, com o implícito acordo: “troca de favores”, comprar um óculos diferente, listar filmes cultuados, músicos polêmicos, dizer que adora tudo isso (mesmo não sendo de verdade), soltar frases complexas sobre pessoas, condutas e valores e pronto! Aí basta criar qualquer porcaria com ar de “sou super foda”, colocar a “obra” em vários sites de relacionamentos, lamber a bunda de qualquer pessoa que faça o mesmo, pôr seus rótulos na descrição desses sites e aguardar os comentários super-lambedores dos amigos “descolados”.
O engraçado é que a maioria se convence de que realmente é alguma coisa, e com isso, acaba por convencer outras pessoas também. Vivem um “glamour” imaginário, não aceitam críticas (mas nunca admitem, lógico, porque se mostrar aberto a discussões é “cult”), e organizam super-acontecimentos com qualquer “peido” que soltam. Sem falar da hipocrisia que é o “cachecol-xadrez” dos nossos “artistas”! Eles passam a imagem de alternativos e independentes, que lutam por todo o tipo de expressão, mas julgam entre si, o que é arte “certa” ou “errada”.
Bom, talvez seja difícil aceitar essas coisas, porque para mim, o conceito “arte” não cabe em maniqueísmos. Ou é arte, ou não é. Simples. Um artista para mim é quem cria porque sente necessidade de expressar coisas sentidas. Qualquer continuidade, de qualquer obra, para um artista de verdade, é uma conseqüência e não uma prioridade. Quem cria só pensando em popularidade ou venda, não cabe em “ser artista”.
E o resultado disso tudo é simples: uma cambada de hipócritas, reproduzindo lixo, se sentindo os mais talentosos e polêmicos do pedaço, sem perceber que enquanto perdem tempo, falando em “ser”, poderiam estar de fato “sendo”.
Claro que, como em outros segmentos, o orgulho ocupa o espaço do bom-senso. O que falta para alguns desses “artistas” é perceber de uma vez que, falta de humildade não traz nada além de porcaria e superficialidade.
Como diria a minha avó: contar com o ovo no cu da galinha nem sempre dá certo.

5 comentários:

Unknown disse...

essas palavras foram feitas de sabão...

monica disse...

eu concordo.

Anônimo disse...

Não creio que você entenda a injustiça que está cometendo com este seu "texto" despirocado e sem emoção (parece até que você deu um ctrl-C e ctrl-V de algum site desses...).
Você fala sem a menor probidade quando menciona arte, digo isto pois sou letrado e sensível, e percebi, no pouco contato que tive com você até hoje, uma incapacidade sua de aceitar que você não é a melhor.
Na faculdade, tinha uma atitude que não condizia com a de uma acadêmica, ainda mais de jornalismo (e olha que este não foi uma observação minha), seus trabalhos sempre massantes e sem criatividade, não levavam a lugar algum. Gosta de "mexer" com vídeo, mas, nada que você criou até agora foi reconhecido por alguém de fora do seu ciclo de amigos, ao contrário de seus (as) amigos (as), que vem aflorando no mundo da arte, tão criticado por sua inveja camuflada.
Fora a faculdade você tem oquê? Saidas fotográficas, outros vídeos, quadros pintados de qualquer jeito e sem o menor sentido. Em fim, uma débil amostra de criatividade, que não chama a atenção de praticamente ninguém, nem mesmo de quem te conhece mais a fundo.

Minha cara Ana, você quer que te reconheçam como artista? É por isso que impinge tantas agressões "contestáveis" a uma classe tão pluralmente cult? Você acha que postar um vídeo da intimidade sua e de seus amigos com enquadramentos toscos no you tube é sinônimo de arte?
Eu vislumbro um panorama artístico bem diferente deste que você apregoa, aqui na minha cidade por exemplo, conheço ótimos músicos, fotógrafos, escritores, e o que eles tem em comum? Não precisam de apadrinhamento para serem reconhecidos (só não divulgam sua arte por quererem tê-la como hoby) , e também neste meu vislumbro não entendo onde essa sua idéia de ... como você disse? Acho que foi "grupo de pessoas bacanas" , se encaixa com o cenário cultural contemporâneo, pois o propósito de qualquer artista não é mostrar sua arte? Para que ele toque as pessoas e provoque reações? Então para que iria haver um grupo cuja única finalidade fosse criar "artistas" para consumo próprio e ainda mais dentro de parâmetros criados pelo próprio grupo? Seria a mesma coisa que ter uma matéria na faculdade que te serviria apenas para você dar aula desta matéria em uma faculdade, ou seja não existe (nem no curso de matemática)
Baseado neste seu conceito de arte contemporânea ficaria fácil para uma pessoa com os contatos certos pintar um quadro, ir em algum site de arte e criar explicações para sua criatividade, e depois lançar a "obra".
Eu nunca estudei arte, mas creio que seja ela antiga ou nova, sempre serviu para que pessoas livres de certos preconceitos pudessem exprimir o que a maioria de nós, mortais inertes em uma rotina massacrante, não conseguimos expôr, seja uma indignação com algo, seja uma incapacidae que temos em lidar com alguma coisa. Sempre agindo como um calmante que nos mostra que, a vida pode ter um sentido mais belo do que o sugerido pelo capitalismo. Ela serve também para nos conectarmos com o "divino" (sem esxessos religiosos), sempre foi encarada como algo que nos faz "Humanos", A Arte não pode ser condensada ou reduzida a um punhado de achismos filtrados em orgulho e exibicionismos.
Para terminar, gostaria de fazer uma menção quanto ao trecho que você menciona os cachecóis xadrez, pois não vejo mau algum em usar um cachecol mesmo que for com camisa regata, pois um artista acima de todos também é sucetível à moda, mesmo que não faça o menor sentido usar um adereço de iverno quando não é frio nem inverno. E se a maioria dos artistas usam é por pura coincidência.


Ainda bem que todos que me conhecem sabem que eu não sou sarcástico!

aninha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
aninha disse...

Acho que alguém comentou e se arrependeu, rs. Não desistam, o espaço é aberto! :)