Após uma pesquisa sobre hábitos de consumo nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo, a Globo Filmes está numa fase de busca de projetos que ocupem "espaços não ocupados até agora pelo cinema nacional". É o que diz o diretor executivo da área da Globo, Carlos Eduardo Rodrigues. Segundo ele, embora um dos gêneros prediletos do brasileiro seja a comédia, a maioria dos lançamentos é de dramas sociais. Aponta ainda que não há filmes para a faixa etária que forma a metade do público brasileiro, abaixo dos 22 anos."Metade da população pesquisada não tem o hábito de ir ao cinema. E o hábito não foi criado porque os pais não levavam os filhos quando eram crianças. Na carteira do cinema nacional, há muito pouco cinema infantil. É um erro de ocupação de mercado", afirma o executivo. Segundo ele, o momento da Globo Filmes é "olhar oportunidades e tentar pensar numa carteira de filmes junto aos produtores independentes que ocupe de forma sistemática as salas brasileiras ano a ano".Em entrevista à revista TELA VIVA que circula neste mês de agosto, Cadu, como é conhecido no meio cinematográfico, aponta sua visão sobre o cinema nacional nos 10 anos da Globo Filmes. Segundo ele, "o mercado externo não vai bancar a produção brasileira". "É lógico que uma ocupação internacional gera prestígio e leva nossa cultura lá para fora. Mas, é melhor conquistar um ou dois pontos percentuais do mercado interno, o que representa US$ 10 milhões", diz.
fonte: Nadia Moreno - Assessora Cinema
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